Eu queria entrar numa bolha,
descer até os cofins do oceano,
e reinar no fundo do mar.
Eu queria segurar raios,
despencar em trovoadas,
espalhar estática com o olhar.
Eu queria flamejar minha alma
incendiar as mentiras do mundo
queimar em fogo profundo.
Eu queria ser forte,
irremovível como uma montanha
firme contra o que me acanha.
Eu queria flutuar,
olhar tudo lá de cima,
navegar pelas correntes de ar.
Eu queria ser luz.
Eu queria ser escuridão.
Em mim, uma só nação.
Desbravar o bem e o mal.
Ser uno com o mundo.
Um elemento primordial.
sábado, 27 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
À deriva.
Mesmo quando evitamos
é difícil resistir aos impulsos
nos sobram os cortes nos pulsos
e o ego em prantos.
Para os que carecem de cautela,
resta velejar sozinho,
num barco de pedras
ou nas costas de um tubarão,
em mar aberto, horizonte vazio
que pulsa o inverso da criação.
Buscando a estrela da existência,
empurrados pela abstinência
do que já não cabe nas mãos.
é difícil resistir aos impulsos
nos sobram os cortes nos pulsos
e o ego em prantos.
Para os que carecem de cautela,
resta velejar sozinho,
num barco de pedras
ou nas costas de um tubarão,
em mar aberto, horizonte vazio
que pulsa o inverso da criação.
Buscando a estrela da existência,
empurrados pela abstinência
do que já não cabe nas mãos.
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