sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O homem e o monstro.

Certa noite eu vi um monstro
Não sei bem se me assustava
Com um sorriso de canto
A criatura me encarava
Não tinha chifres nem pêlos
Tampouco cauda ou finos dentes
Se eu não visse direito
Pensava até que era gente
Praticamente da minha altura
Mesmo ombro, mesmo joelho
Reparei que me seguia
Estava frente a um espelho
Quando dei por mim, já não sabia
Em que parte de mim estava
Se era o homem que suspira
Ou o monstro que me habitava

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