quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Plena certeza.

Tenho sido desde então
um ponto sem nó,
dois dele sem ponto.
O que não se pega com a mão
verso e avesso em união.
Uma constante sem resultado
mas que, por sê-la, não cessa.
Que não se apaga, se propaga.
Paralelamente uno,
de gritos tão intensos
que todos os "eus" escutam.
E por mais certeza que tenha
de que não sou apenas um,
vou-me com a certeza de que
morrerei de tanto tentar:
não importa o que aconteça,
que destino eu mereça,
jamais alcançarei a proeza
de poder me encontrar.

Apenas um reflexo de luzes,
eu sou o que você vê
e talvez nem seja.
Já que mesmo tentando,
jamais encontramos
a plena certeza.

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